domingo, 19 de abril de 2015

Misturas.

O cenário
A música
As curvas ao vento.

Os cachos dourados
O sorriso estampado
A incredulidade presente.

A fusão de cores
A criação de odores
A paisagem perfeita.

O coração acelerado
Temia não estar, de fato
À presenciar tal grandiosidade.

Uma natureza formatada
Por mãos 
Nem de ouro ou prata
Pra construir a unidade.

E ela
Ah, ela...

Maravilhada em corpo e alma
Queria ali fazer morada
Nos dias de sol
Nas noites estreladas

As belezas de seu mundo 
Pequeno, baixo, sem muros
Lhe encantavam sem mesuras.

No fim
Não viu mais nada.
Nem o tempo
Ou o cansaço
Ou o que viria.

As misturas eram reais.
E ela fazia parte delas.

Olhou pra trás
Registrou o poema
Prometeu-se retornar
E saiu de cena.