quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O que vai, não passa em branco...

Hoje, quando acordei, estava na minha cama. Mas não a miiinha cama de casal, perfeita e grande só pra mim. Tava na minha boa e velha cama de solteiro da casa dos meus pais e feliz da vida! O problema, é que eu tava com medo de acordar aqui. Ainda mais depois do recente e triste acontecimento no meu bairro, tudo se tornou mais difícil.

Um dos meus melhores amigos do bairro foi pra junto do Nosso Grande Pai. Não foi culpa de ninguém. Apenas um acontecimento da vida. Cedo demais, mas apenas um acontecimento. Ainda não fui ao lugar em que sempre o encontrava. E confesso que tenho um certo receio da minha reação de quando eu for e não o encontrar.

O lugar, era a praia. Era o lugar que ele mais amava na vida. O mar era a inspiração e o vento, apenas um acessório super importante pra fazer o dia se tornar o melhor de todos da semana. Surf era sua paixão. Algo pelo qual ele fazia tudo para poder fazer. Um vento diferente e lá estava ele correndo pra 'dar uma caída!'.

Já sinto falta do seu jeito. Do seu sorriso. Do seu simples jeito de ser. É triste pra mim saber que não mais poderei te abraçar, apesar de saber que vc está muito melhor que todos nós aqui embaixo. Você era amigo de muitos e querido por todos. Me contaram que a galera toda tava lá, prestando uma última homenagem à você. Que nunca fez diferença de nada. Que sempre esteve lá pra tudo. Que era nosso irmão. Já faz três dias.

Vá com Deus e olhe sempre por nós.

Pra sempre Miller.

sábado, 25 de outubro de 2008

E dá-lhe vinte!

Uma manhã. Uma aula muito boa. Um simples “E aí?”. Foi assim que começou. Papo vai, papo vem até brotar. Deu flor! E (ainda bem que posso dizer isso), nasceu a amizade. Se fosse pra olhar na lógica, nada aconteceria. Eu caloura, você veteranasso. Mas nada, era mesmo pra acontecer.

Tardes tumultuadas, trabalhos, entrevistas, a família, a mudança. Creio que nunca poderei dizer, de verdade, o quanto foi importante pra mim. O quanto significou em minha vida, seu ato, seu gesto de maior amor.

Conheci tio, tia e primos. Cachorro então, nem se fala. Tudo o que foi preciso, foi feito. Até o mais importante acontecer e se tornar uma das partes mais especiais dessa história.

Foi a sua vez! Conheceu pai, mãe e a família toda de lambuja. Shino me contou que já ama o tio dele! Aconteceu tudo muito perfeito pra poder acreditar.

Hoje você inicia mais um ano na sua vida! Mais um ano de luta, garra e muita, mas muita fé. Sim. Fé em Deus pra que tudo o que desejamos seja perfeito e que nossa amizade apenas se perpetue no tempo. E cada dia mais. Dois meses se passaram e parece que foi há dezoito (anos).

Aproveite bem sua casa dos vinte, meu amigo! Dizem que é a melhor e a que passa mais rápido. Estou certa de que você VAI dar o seu melhor! Não interessa o que as pessoas pensem ou digam ao seu respeito. O que importa é o que quem te ama pensa de você. Tenha certeza de que essas pessoas só querem seu melhor.

Feliz aniversário, meu amigo. Pra você que é único e especial. Alysson Braga.

O que importa não é o tempo, e sim a intensidade.
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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Só porque vimos, não significa que já passou.

Aquilo que não se explica. Aquele sentimento de que tudo foi pro ralo. Queria mesmo pensar que foi só um dia ruim e que logo vai passar. Mas não vai.

Se eu pudesse ao menos imaginar que toda a corrida atrás do meu sonho fosse resultar em tanta coisa negativa, creio que teria pensado duas vezes antes de fazê-lo (e que fique claro que ainda tenho dúvidas em relação a isso).

Discordo de Vinicius de Moraes quando afirma que o “amor é fogo que arde e não se vê...”. Infelizmente, a gente pode até não ver. Mas ele queima muito. E de terceiro grau.

Demorei um certo tempo pra acreditar, pra assimilar ou pra simplesmente dizer: “É, é isso, né?!”. Depois de muito pensar, refletir e, no fim, tentar encontrar uma solução ou até mesmo uma forma de pelo menos tirar tudo da minha cabeça, resolvi. Não dá. Tava tudo grudado e entranhado de uma tal forma, que se tentasse tirar, quebrava tudo. Quem? O coração, é lógico!

Sim, pode dizer que to muito sentimental e tal. Mas... quem não fica depois de descobrir o final?! Ou pior, além de descobrir, chegar nele? Ver, claramente, que tudo o que foi visto e vivido por um período de quase um ano não passou de meras palavras sem valor. Acredite, não é fácil encarar.

Acredito que essa seja uma das funções do blog. Colocar no papel sentimentos, momentos, acontecimentos, enfim, tudo o que pensamos que mereça um espaço na teia mundial. E, não somente o fato de colocar no papel se faz importante, mas o fato de explicitarmos e, sem medo de ser feliz, dizer o que se passa.

É, concordo, já ta ficando grande isso. Mas creio que, no fim, sempre virá algo melhor. “Depois de toda tempestade, sempre vem um dia de sol.”. Só espero que o meu não demore muito a vir. Meu guarda-chuva quebrou. Minha capa de chuva rasgou. Não to nada a fim de me molhar. O que fazer? Buscar abrigo em algum lugar. Aonde?

Acho que chegou a hora de apertar o play. De verdade. O que tem que ser, é. Tornar o que é real, verdadeiro.Afinal, desde Chaplin já se dizia. “Cante, chore, ria, dance. Antes que as cortinas se fechem e o show termine sem aplausos.”. Sem aplausos.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Ânimos alterados, silêncio descartado!

Ontem voltei da faculdade com os ânimos MEIO Alterados. Começou quase na hora de ir embora, quando não conseguia sequer deixar o laboratório em silêncio. Que fosse por um segundo,não dava! Tá, eu odeio mesmo o silêncio! Confesso que meu sonho é ter um pen-drive de cérebro. Colocar a melhor música, a qualquer momento. Diretamente na corrente sanguínea. Aposto que o raciocínio seria duplicadamente melhor. Mas, deixemos os sonhos de lado!

A seqüência veio na hora em que saímos, minha amiga de apê e eu, da entrada da bendita. Quando avistei duas criaturas sonolentas e jogadas no ponto do ônibus (que, por sinal, só passaria meia hora depois e eles já estavam lá há meia hora). Meu Deus, quase parei o carro com os pés, a fim de dar uma carona para meus amiguinhos! Quando a Brasília LS verde parou, belíssima por sinal (sem ironias, por favor!), logo gritei pelos respectivos nomes das figuras. Beleza! Missão cumprida. Boa ação do dia feita!

Seguimos numa boa, até que notei um “defunto” no banco traseiro. Até sugeri que fosse jogado numa parte do caminho, onde só tem mato e tal, mas não me deram muito papo! Eram os ânimos atacando.

Chegamos no apê (não todos, é claro!) e eu, como sempre acontece quando penso em música no meu quarto, comecei a procurar um jeito de NÃO deixar o silêncio dominar nem por um instante! Pois é, não encontrei. Se pelo menos eu tivesse caixinhas de som, até que dava pra fazer algo chiar. Porém, não havia nada. Nem sequer parecido!

Algo roncou no meu sistema e percebi que alimento era algo que cairia bem no momento. Criei uma gororoba qualquer e logo mandei pra dentro. Tudo bem, nem era uma gororoba assim, uma vez que minha mãe me visitou e isso faz com que eu coma bem por uns tempos. Ou um fim de semana.

Voltei ao meu quarto na esperança de acabar com o ócio de ouvir só o barulho da rua e dos vizinhos batendo as portas do prédio. Óbvio, sem sucesso! Iniciei, então, um papo com minha amiga de apê. Afinal,nada melhor para TENTAR substituir música do que uma boa conversa!.

Papo vai, papo vem, cd de fotos, musiquinhas no celular (graças a Deus, implantaram o mp3 nele!) até que.....acabou o assunto! Liguei meu pc e resolvi jogar um pouco para sustentar o vicio e acabei tendo que olhas as músicas. Claro, ?! Tédio, só barulho de carro, um fone que não parava no meu ouvido e uma bateria do celular que já tava beeem igual um maconheiro de carteirinha!
Me restava um ‘ai meu Deus!’ ou um ‘e agora, quem poderá me defender?’, mas preferi não usar.

Fiz melhor. Lembrei, nos quarenta e nove do segundo tempo, que moro quase em cima de uma loja de informática e que ainda me restavam alguns tostões na carteira. Fui até lá, com total conhecimento do meu saldo e do tanto que podia gastar e resolvi meu problema!

Com simples R$48, tenho música, vídeo e muito mais! Embora (quase)jornalista, diria que pareço até publicitária, falando assim! Afinal, se o assunto é solucionar, quem melhor que eles?!
Por isso, deixo aqui esse texto de agradecimento aos publicitários. Que incentivaram meu amigo a se unir à eles. Que foi quem quase me costurou a boca por não me calar. Que me fez tomar a decisão de gastar o que não podia. Que é um amigo solucionador. Bem Severino. Sem silêncio.