sexta-feira, 17 de junho de 2011

Ritual de passagem.

Mil coisas na cabeça. Um semestre que trouxe alegria, tristeza, dor e perdas. Irreparáveis e inesquecíveis. O último semestre de um curso perfeito e que tinha tudo pra ser maravilhoso. Não deu.

Eu não sei lidar com determinadas coisas e assumo isso. Meu querido analista que o diga. Depois dos acontecimentos - diga-se de passagem, os piores do ano -, eu precisei dele mais que nunca. Mas ainda não me conformei.

Hoje foi o primeiro dia. O primeiro em que a ficha começou a querer cair. Faltava alguém. Aquela que chamava pelo seu melhor amigo a cada cinco minutos. A que tinha um texto rápido e fluente. A que faz muita falta entre todos nós.

Separações provisórias que aconteceram e a saudade ainda acontece. Saudade que começa agora e de tudo o que se vai no tempo que está por vir. Da luzes matutinas dentre as árvores de um campus vivo. De ficar dias sem ver pessoas da própria sala e, quando encontra, sentir saudade de verdade. De olhar pro lado e imaginar o que será de nós no amanhã.

É um ritual de passagem. Estou encerrando mais uma etapa da minha vida e pulando pra outra mais importante. Em poucos dias eu vou poder bater no peito e dizer: EU SOU JORNALISTA! Eu estudei, passei perrengue e me formei. Não interessa se precisa ou não de diploma. O orgulho que tenho em mim é muito maior que qualquer coisa.

Sentir que está tudo confuso e passando rápido demais é normal. Complicado mesmo é enfrentar de cabeça erguida e com força nos pés pra não diminuir o passo. Apaixonadamente, eu não quero parar. Apenas quero que tudo vá tão rápido quanto veio. E eu sei que vai passar.

Ninguém falou que seria fácil e, se fosse, que graça teria?


Wake me up when september ends...