sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Pra falar de amor...

Hoje eu tive vontade de dizer. Não das coisas tristes ou das ressacas de palavras falidas. Nem dos problemas e das nostalgias que têm consumido meus dias. Menos ainda das saudades. Tive vontade de falar de amor.

Nosso querido Arnaldo Jabour já diria "Estamos com fome de amor". Eu concordo. O carnal é simples, é banal. O alimento é fácil, é digerido.

Estamos com fome do amor puro, real. Do mesmo amor que uma mãe tem por seu filho, mesmo antes de ele vir ao mundo. O mesmo amor que um neto tem nos olhos, ao ouvir as longas e cativantes histórias de seu avô, contadas nas pausas de sua fala. O amor do reencontro de duas amigas que há muito não se vêem, mesmo parecendo que se foram apenas algumas horas. O amor do abraço dos pais com a chegada da filha que mora longe.
O mesmo amor do homem e da mulher.

Inexplicavel ou não, fato é o sentimento que consome. Que traz a saudade e deixa a lembrança. Que faz mudar cores e aromas. Que esquece a fome e aumenta o desejo. E não falo de libido. Falo de companhia, atenção e, infinitamente, amizade. Sim, o amor é amizade. Amizade que te faz sentir vontade de ligar, de escrever. De saber como foi a noite, o dia, a madrugada.
A amizade que te faz ter amor.

Aquele que não inveja, que não destrói.

Amor, puro amor.