segunda-feira, 11 de julho de 2011

Frágil.

"Não faça isso", ela pensou.

As palavras lidas em uma tela iluminada invadiram a sua mente e partiram seu coração. Pensou em tudo e em nada. Teve vontade de sumir, de correr, de abraçar alguém na certeza de que tudo daria certo. Estava frágil, estava vulnerável. Não gostava de estar assim.

Outrora, poço de fortaleza, nada assim a abalaria. Porém, fatos, que não convém verbalizar, a deixaram envolvida demais. Frágil demais.

Os pensamentos vinham e iam, forte e continuamente. Ao mesmo tempo, entregou-se ao nada e desviou o olhar. Não que estivesse olhando para algo, mas apenas para mudar o foco da imagens que passavam por sua cabeça, repetidamente.

"O que há com ele?", dizia-se, repetidamente. Não sabia.

Não podia sentir, não podia pensar. Estava, finalmente, frente a frente com o fim. Sabia que um fato se aproximava e que haveria vazio em um dos espaços. Sabia que não faria sentido novamente. Sabia que estava só.
Sabia que partira-se e, dessa vez, juntar os pedaços não seria a tarefa mais fácil.

Ela estava mais frágil do que nunca.